infecção hospitalar

Como evitar a infecção hospitalar

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Existe uma epidemia silenciosa que há anos vem matando pessoas no mundo inteiro: a infecção hospitalar. 

A OMS diz que “a cada 10 pacientes que passam por procedimentos médicos, pelo menos 1 é acometido por algum tipo de infecção hospitalar”.

O fato é que nenhuma pessoa deveria ter uma infecção hospitalar, pois é algo é evitável. 

Segundo dados da Associação Nacional de Biossegurança (ANBio), 100 mil pacientes morrem todos os anos em decorrência de infecção hospitalar.

Mas afinal, o que são infecções hospitalares e como evitar?

O que é a Infecção Hospitalar?

Também chamada de Infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), são adquiridas após a admissão do paciente em uma unidade de saúde e que se manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. 

PORTARIA Nº 2616/98 do Ministério da Saúde diz que: “quando se desconhecer o período de incubação do microrganismo e não houver evidência clínica e/ou dado laboratorial de infecção no momento da internação, convenciona-se infecção hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir de 72 (setenta e duas) horas após a admissão;”.

Por exemplo: se uma pessoa dá entrada em um hospital por causa de um infarto e no hospital adquire uma pneumonia, ele teve uma infecção hospitalar.

Como ocorre a infecção hospitalar?

A infecção hospitalar é a entrada, desenvolvimento e proliferação de agentes infecciosos em pacientes sob cuidados médicos dentro do serviço de saúde, como: hospitais, maternidades e Unidades de Pronto Atendimento.

Os agentes infecciosos são aqueles organismos responsáveis por desencadear infecções ou doenças infecciosas. Os principais agentes infecciosos são os vírus, bactérias, protozoários e fungos. 

Há diversas formas do agente infeccioso causar uma infecção. 

Infecções exógenas. É quando o agente infeccioso não faz parte da microbiota do paciente. Nesse caso, o agente infeccioso é contraído por alimentos, contato com as mãos dos profissionais de saúde ou até mesmo o contato com visitas.

Infecções endógenas. Normalmente ocorrem pelo desenvolvimento de microrganismos do próprio paciente, possivelmente pela fragilidade do sistema imunológico.

Infecções cruzadas. Ocorrem quando há transmissão de vírus entre diversos pacientes internados.

Infecção Inter-hospitalar. É levada de um hospital a outro, por transferência ou por uma nova internação do paciente após a alta.

Período mais crítico para prevenir a infecção hospitalar

Um dos pontos críticos no combate às infecções hospitalares é durante o período pré e pós cirúrgico. Os agentes infecciosos encontram terreno fértil para a proliferação nos organismos debilitados pelos procedimentos invasivos.

A sociedade como um todo sofre por causa da infecção hospitalar

A infecção hospitalar gera danos imensuráveis para a sociedade. É um problema crítico que precisa urgentemente ser encarado como prioritário para o Sistema de Saúde. Para ajudar a compreensão, vamos listar algumas das muitas consequências destrutivas causadas por este mal silencioso.

Mortes desnecessárias

É inaceitável que alguém entre no hospital para realizar um procedimento simples e tenha sua vida ceifada por causa de uma infecção hospitalar. 

No Brasil, em média, 100 mil pacientes morrem todos os anos em decorrência de infecção hospitalar. A prevenção e controle da infecção hospitalar podem salvar essas vidas.

Aumento do custo do hospital

Por causa do alto número de infecções hospitalares, os hospitais gastam mais dinheiro com o tratamento dos pacientes. Em consequência, o acesso à saúde fica mais caro e pessoas de menor renda muitas vezes não conseguem ter acesso à medicina.

Aumento no tempo de internação dos pacientes

A internação por um período prolongado é desagradável, ninguém quer ficar semanas ou até meses dentro de um hospital. Paralelo a isto, as internações prolongadas diminuem a rotatividade dos leitos, gerando longas filas de espera no Sistema de Saúde. 

Fobia de hospital

Não é raro pessoas deixarem de procurar atendimento médico devido ao medo de ir aos hospitais. Ocorre que, de certo modo, já está instalado no inconsciente coletivo, a percepção de perigo em relação ao hospital. As pessoas temem entrar com um problema e adquirir algo pior. Este efeito afasta as pessoas do diagnóstico e do tratamento adequado para sua doença. 

Surto de uma superbactéria

Muita gente já ouviu falar em superbactérias, mas não sabem o que elas são. 

As superbactérias são agentes infecciosos resistentes a antibióticos. O tratamento é bastante complexo e o paciente pode vir a óbito. Não controlar e prevenir as infecções pode resultar em um surto de superbactérias dentro do hospital e colocar a vida de diversas pessoas em perigo. 

O mais triste é que todos esses problemas poderiam ser atenuados ou até inexistentes, pois  as infecções hospitalares são evitáveis. Mas como preveni-las?

Como prevenir as infecções?

A infecção hospitalar é um assunto tão sério que os hospitais têm uma área dedicada exclusivamente para esse controle: a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).

Legislação sobre o assunto

A LEI Nº 9.431/97 diz que o PCIH é obrigatório. “Art. 1º Os hospitais do País são obrigados a manter Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH)“.

A PORTARIA Nº 2616/98, do Ministério da Saúde, no Anexo I diz: “2. Para a adequada execução do PCIH os hospitais deverão constituir Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e de execução das ações de controle de infecção hospitalar”.

Composição da CCIH

A CCIH deverá ser composta por profissionais da área de saúde, de nível superior, formalmente designados. A CCIH precisa elaborar, implementar, manter e avaliar programa de controle de infecção hospitalar.

Medidas do PCIH

O Programa de Controle de Infecção Hospitalar estabelece algumas medidas, tais como:

  • lavar as mãos adequadamente;
  • uso de luvas, a lavagem e antissepsia cirúrgica das mãos é realizada sempre antes dos procedimentos cirúrgicos;
  • uso de EPIs;
  • limpeza;
  • desinfecção; e 
  • esterilização.

Todos os hospitais precisam seguir protocolos rígidos de segurança no que tange a esterilidade dos materiais utilizados.

A importância da CME para a prevenção e combate às IRAS.

Outra área importante do hospital, que tem ligação direta com o índice de infecções hospitalares, é a CME: Central de Materiais e Esterilização.

É na CME que os materiais médico-hospitalares são reprocessados, tornando-os seguros para o reúso, livre de agentes infecciosos que causam doenças.

Quando uma CME não funciona corretamente, o hospital corre grandes riscos de cometer falhas no processo de esterilização e infectar pacientes. Por outro lado, uma CME de excelência, aumenta a segurança do hospital e contribui para a diminuição dos índices de infecção hospitalar.

Ou seja: existe uma relação direta entre a CME e a infecção hospitalar.

A Bioxxi, maior especialista do Brasil em gestão de CME, está há 15 anos tornando os hospitais mais seguros, ao implementar o Modelo Bioxxi de Gestão de CME. Neste modelo, o hospital passa a ter uma CME de excelência, com o mais alto rigor de qualidade. 

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