Como projetar uma CME de alto nível

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Uma CME de alto nível impacta o hospital como um todo, pois aumenta a capacidade cirúrgica, otimiza o arsenal de materiais e promove segurança aos pacientes e médicos. 

Desse modo, um projeto de CME bem planejado e executado é crucial para a produtividade do hospital,  qualidade na assistência e atendimento às normas.

Assim, quais pontos precisam ser observados para garantir que uma CME atue com o máximo de eficiência e seja considerada uma CME de alto nível? Neste artigo selecionamos fatores fundamentais a serem observados na hora de projetar uma CME.

CME Hospital Pró-Cardíaco
CME de alto nível

O planejamento de uma CME de alto nível

Entende-se como CME de alto nível uma CME eficiente, segura e que atende às normas e legislações, pensada para atender a realidade do hospital e alinhada com o planejamento estratégico da direção hospitalar.

Por exemplo, se atualmente o hospital faz mil cirurgias mas existe o projeto de multiplicação do quantitativo cirúrgico, é interessante que a CME já seja pensada para atender à nova demanda. Ou ainda, se um hospital pretende começar a fazer cirurgia robótica, é preciso pensar em como será feita a desinfecção/esterilização destes equipamentos e toda arquitetura de armazenamento.

Sob a perspectiva da arquitetura, a CME é uma área extremamente regulamentada com resoluções da Anvisa que versam sobre detalhes da estrutura física da CME. Isto posto, é necessário levantar a importância do PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO da CME para um hospital.

Quatro tópicos essenciais a serem observados na hora de planejar a arquitetura de um hospital com uma CME de alto nível são:

1- Logística.

A CME distribui materiais e insumos para todas as áreas do hospital, especialmente para o Centro Cirúrgico. Se por um lado tem CMEs bem localizadas, com fácil acesso ao Centro Cirúrgico (CC), algumas até conectadas ao CC por elevadores (monta carga) ou no mesmo andar, por outro lado, tem hospitais que não levaram em consideração a logística de distribuição de materiais e insumos, de modo que a CME está mal posicionada, gerando esforço desnecessário e ineficiência na distribuição.

Não é raro encontrar hospitais em que a CME está localizada em um prédio diferente do Centro Cirúrgico, o que é contraproducente para a produtividade do setor. Neste sentido, o local físico onde a CME estará posicionado na planta do hospital é de suma importância.

2- Legislação.

Todos os responsáveis pelo planejamento da CME precisam ter conhecimento das normas da Anvisa sobre os aspectos físicos da CME, tendo como base a RDC-50, RDC-15 e demais normas. A RDC15 divide os tipos de CME e as regras são diferentes para CMEs de Classe 1 e Classe 2. Observe:

§1º O CME Classe I é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde não-críticos, semicríticos e críticos de conformação não complexa, passíveis de processamento.

§ 2º O CME Classe II é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde não-críticos, semicríticos e críticos de conformação complexa e não complexa, passíveis de processamento.

Na hora de projetar a CME, é preciso saber que tipo de CME é e observar o que versam a RDC-50 e a RDC-15 em relação a este tipo de CME.

Por exemplo, dentre outras coisas importantes, o artigo 47 da RDC-15 fala sobre a estrutura física mínima de uma CME de Classe 2.

O artigo diz o seguinte:

Art. 47 O CME Classe II e a empresa processadora devem possuir, minimamente, os seguintes ambientes:

I – Sala de recepção e limpeza (setor sujo);

II – Sala de preparo e esterilização (setor limpo);

III – Sala de desinfecção química, quando aplicável (setor limpo);

IV – Área de monitoramento do processo de esterilização (setor limpo); e

V – Sala de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados (setor limpo).

Além desses ambientes (áreas de tratamento), é obrigatório também possuir os ambientes de apoio listados na RDC-50, que são:

-Sanitários com vestiário para funcionários (barreira para as áreas de recepção de roupa limpa, preparo de materiais, esterilização e sala/área de armazenagem e distribuição – área “limpa”)

-Sanitário para funcionários (área “suja” – recepção, descontaminação, separação e lavagem de materiais). Não se constitui necessariamente em barreira à área suja. Os sanitários com vestiários poderão ser comuns às áreas suja e limpa, desde que necessariamente estes se constituam em uma barreira a área limpa e o acesso à área suja não seja feito através de nenhum ambiente da área limpa.

-Depósito(s) de material de limpeza (pode ser comum para as áreas “suja e limpa”, desde que seu acesso seja externo a essas)

-Sala administrativa

-Área para manutenção dos equipamentos de esterilização física (exceto quando de barreira)

-Vestiário de barreira às salas de esterilização e de lavagem e descontaminação (exclusivo para a CME simplificada)

A RDC15 fala também da necessidade de haver uma barreira física entre a área limpa e a área suja. O fluxo dos materiais deve seguir sempre do mais sujo para o mais limpo, respeitando as barreiras para evitar recontaminação.

O tamanho desses ambientes é calculado pelo número total de leitos do hospital, porque o tipo de cirurgia impacta no volume das caixas. Além disso, é preciso pensar num projeto de CME que comporte o projeto de expansão do hospital, observando o que rege a RDC-50, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.

3- Eficiência da CME

Para projetar uma CME de alto nível, precisamos garantir que o fluxo de pessoas, a disposição dos objetos e maquinário sejam o mais eficiente possível.

Por meio de um estudo de tempos e movimentos, é possível pensar numa arquitetura de CME que minimize o esforço diário das pessoas e aumente a produtividade do setor.

Além disso, pensar na ergonomia do espaço ajuda a poupar os trabalhadores de lesões por esforço e acidentes de trabalho.

4- Investimento em tecnologia de ponta

Outro ponto de extrema importância é o parque de equipamentos. Investir em tecnologias modernas, de alto desempenho, fácil manutenção e interface inteligente para facilitar a operação, é um diferencial essencial para uma CME de alto nível.

Esse investimento ajuda a garantir a excelência da qualidade. Esse tipo de maquinário mais moderno assegura maior eficácia, agilidade no processo de trabalho e melhor atendimento ao usuário.

Cabe ressaltar também a importância de um sistema de gestão de CME que permita a rastreabilidade completa dos materiais. Esse tipo de sistema mitiga erros humanos, diminui o extravio de materiais na CME e facilita a gestão por meio de relatórios gerenciais.

O modelo Bioxxi de gestão de CME

A Bioxxi desenvolveu um método de gestão de CME que une tecnologia, gestão de processos e controle de qualidade. O método Bioxxi implementa na CME do hospital o mais alto padrão de excelência, capaz de transformar custos em rentabilidade, com segurança.

Somos os maiores especialistas em Gestão de CME e temos mais de 80 CMEs pelo Brasil, atendendo todos os tipos de hospitais, desde pequenos a grandes complexos hospitalares.

Ao longo dos anos, desenvolvemos o modelo Bioxxi de Gestão de CME, que une tecnologia, gestão de processos e pessoas.

No nosso modelo de trabalho, contamos com um arquiteto e uma equipe de engenheiros especialistas em CME para ajudar a projetar a CME de alto nível.

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