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Esterilização por Peróxido de Hidrogênio

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Por Norine Ferraz

Uma das principais preocupações existentes em um ambiente hospitalar é o cuidado com a manutenção de um local estéril e materiais sem o risco de contaminação por agentes como fungos, vírus e bactérias.

Com isso, todo material médico-hospitalar que tem indicação para ser reutilizado deve passar por um processamento, seguindo etapas como limpeza, desinfecção, descontaminação e esterilização.

É claro que devem ser levados em consideração os avanços tecnológicos e a evolução dos métodos de esterilização realizados em materiais médico-hospitalares.

Exemplo disso é o método de esterilização por Peróxido de Hidrogênio, e é sobre ele que iremos falar neste artigo, bem como dos pontos abaixo:

  • Como ocorre a esterilização por Peróxido de Hidrogênio?
  • Etapas do ciclo de esterilização
  • Vantagens e desvantagens do método
  • Quem pode fazer esse tipo de esterilização
Peróxido de Hidrogênio

Peróxido de Hidrogênio

Como ocorre a esterilização por Peróxido de Hidrogênio ?

Essa esterilização ocorre por meio de uma câmara onde utiliza-se o plasma de Peróxido de Hidrogênio, que é resultado da aceleração de suas moléculas.

Esse tipo de esterilização elimina agentes contaminantes como fungos, vírus e bactérias agindo diretamente em seu DNA, RNA e fosfolipídeos, através de oxidação causada por radicais livres, que impedem sua reprodução.

Para realizar esse tipo de esterilização, alguns fatores devem ser levados em consideração, como os níveis de pressão e temperatura, concentração do Peróxido de Hidrogênio e o tempo de exposição.

Nem todos os materiais são compatíveis com esse método e sua principal recomendação é para artigos termossensíveis como plásticos, borracha, vidros, alguns metais e materiais canulados que não possuem um diâmetro pequeno. Além disso, nenhum produto a base de celulose pode ser  esterilizado nesse método.

Etapas do ciclo de esterilização

O processo de esterilização por Peróxido de Hidrogênio é executado em cinco etapas e é necessário que o protocolo seja seguido com atenção, a fim de que o resultado seja satisfatório.

Na primeira fase, todo o oxigênio é retirado do equipamento através de vácuo e é preciso estar atento a problemas ocasionados pela presença de umidade e  matéria orgânica ou problemas com a carga de energia elétrica. Essa fase dura em média 15 minutos.

Na segunda fase o Peróxido de Hidrogênio é injetado, em seu estado líquido. Após entrar em contato com as condições existentes dentro do equipamento, ele se transforma em vapor. Essa fase dura em média 15 minutos.

A terceira etapa se caracteriza pela difusão do gás em toda a câmara, penetrando na superfície do material a ser esterilizado. Posteriormente, uma bomba é acionada emitindo uma onda eletromagnética e formando o plasma. Essa etapa dura em média 2 minutos.

O processo de esterilização começa a ocorrer realmente na quarta fase, quando os microrganismos começam a ser eliminados pelo plasma. Esse ponto do processo geralmente dura em média 10 minutos.

Na quinta e última fase é feita uma ventilação e as pressões tanto dentro como fora da câmara chegam ao mesmo nível. O tempo de execução varia entre 1 e 4 minutos.

Vantagens e desvantagens do método

A esterilização por Peróxido de Hidrogênio agride pouco o meio ambiente, pois não é tóxico e os produtos químicos são utilizados em baixa concentração.

Com a evolução dos procedimentos cirúrgicos e métodos mais invasivos, foram criados também aparelhos específicos para este fim e muitos deles termossensíveis.

A esterilização por Peróxido de Hidrogênio é bastante indicada para esse tipo de material médico-hospitalar e não há a necessidade de um longo tempo de exposição para concluir a esterilização, desde que não sejam de longo comprimento e pequeno diâmetro.

Em contrapartida, materiais como papéis derivados da celulose e tecidos não são adequados para esse método de esterilização, sendo necessário utilizar uma embalagem específica. Por ser um produto corrosivo, é necessário cuidado redobrado com o manuseio. Paralelo a isso, também não deve ser usado em materiais de cobre, alumínio, zinco e bronze.

O equipamento também tem a desvantagem de possuir uma câmara pequena e precisar de um alto custo de investimento. De modo geral, este processo de esterilização tende a ser financeiramente oneroso, de modo que passa a ser mais estratégico a muitos hospitais contratarem uma empresa reprocessadora para fazer este tipo de serviço, utilizando o óxido de etileno.

Quem pode fazer este tipo de esterilização

A realização de esterilização por Peróxido de Hidrogênio pode ser feita na CME do hospital, mas exige que o equipamento passe por limpeza cuidadosa, manutenções preventivas, ciclos de validação e reparos técnicos – sempre efetuados apenas por profissionais especializados.

De modo geral, manter a esterilização a baixa temperatura na CME do hospital utilizando peróxido de hidrogênio pode ser custoso, tanto no que tange ao investimento de aquisição e manutenção do maquinário, quanto no que ao custo total por reprocesso, que envolve, dentre outras coisas, a compra de insumos como Cassete de Peróxido de Hidrogênio, Indicador Químico, Teste Biológico, etc.

Nesse sentido, a contratação de uma empresa reprocessadora como a Bioxxi tende a representar economia em custo e em força de trabalho na CME, uma vez que a reprocessadora coleta o material, reprocessa e o entrega na CME já estéril e pronto para uso.

A Bioxxi é a maior empresa de esterilização da América Latina e foi pioneira no Brasil em desenvolver soluções em esterilização de artigos hospitalares. A Bioxxi promove a garantia de qualidade e segurança, atestada por 4 certificações ISO e acreditação ONA.

Além disso, os clientes Bioxxi têm a rastreabilidade completa dos seus materiais e conta com uma equipe de especialistas que desenvolvem projetos customizados, adequados à realidade de cada unidade de saúde.

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