A infecção hospitalar está entre as maiores causas de morte no mundo. Segundo dados da OMS, cerca de 234 milhões de pacientes são operados por ano em todo o mundo. Destes, um milhão morrem em decorrência de infecções hospitalares e sete milhões apresentam complicações no pós-operatório.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, de 1 a 15% dos pacientes internados em hospitais brasileiros adquirem infecção hospitalar.
Por isso, este é um dos temas mais críticos na saúde e vêm movimentando o setor, na busca de métodos e tecnologias que visam diminuir a incidência de casos.
Mas o que é infecção hospitalar na prática? Como ela ocorre? Como se pode evitar? Por que o bom funcionamento da Central de Materiais e Esterilização está intimamente ligado à prevenção das infecções hospitalares?
Trazemos neste texto informações relevantes para entender melhor este tema tão importante.
O que é infecção hospitalar?
Infecção hospitalar é a entrada, desenvolvimento e proliferação de agentes infecciosos em pacientes sob cuidados médicos dentro do serviço de saúde, como: hospitais, maternidades e Unidades de Pronto Atendimento.
Os agentes infecciosos são aqueles organismos responsáveis por desencadear infecções ou doenças infecciosas. Os principais agentes infecciosos são os vírus, bactérias, protozoários e fungos.
O sistema imunológico do paciente hospitalizado nem sempre é capaz de combater os agentes infecciosos, de modo que acaba desencadeando uma série de complicações clínicas, muitas vezes levando o paciente a óbito.
Dentre as doenças infecciosas relacionadas à infecção hospitalar, é muito comum casos de gripe, pneumonia, infecção urinária e infecções de pele.
Por que ocorrem as infecções hospitalares?
As infecções hospitalares podem ocorrer por diversos motivos e cabe ao hospital investigar e prevenir a incidência destes casos.
Muitas vezes, a transmissão dos agentes infecciosos pode ser o próprio profissional de saúde, a partir do uso incorreto dos equipamentos de proteção individual, pela higienização incorreta das mãos ou pelo contato do profissional de saúde com material contaminado.
O contágio também pode ocorrer pela interação entre os pacientes, pela circulação de visitas no hospital ou pela falha na higienização dos ambientes e da rouparia.
Contudo, grande parte das infecções hospitalares decorre da contaminação em cirurgias ou em procedimentos invasivos nos cuidados pós-cirúrgicos. A infecção de sítio cirúrgico é uma das principais causas de complicações em pacientes que passam por cirurgias, representando um desafio para os hospitais, no que tange ao controle e à prevenção.
Neste sentido, uma das áreas mais críticas do hospital na prevenção das infecções hospitalares é a CME, Central de Materiais e Esterilização, área do hospital responsável pela limpeza de desinfecção dos materiais médicos usados em pacientes. Materiais que não foram reprocessados corretamente podem tornar-se fontes de agentes infecciosos e comprometer severamente a recuperação de pacientes no pós-cirúrgico.
Para que se possa processar adequadamente os artigos – de forma a garantir a segurança do paciente – é necessário a CME atender às normas exigidas pela Vigilância Sanitária e manter um programa de garantia de qualidade que funcione de forma extensiva.
Como evitar a infecção hospitalar
A prevenção à infecção hospitalar exige esforço conjunto e multidisciplinar de várias áreas da assistência, uma vez que as ações de prevenção e combate envolvem tanto os profissionais de saúde quanto os pacientes, visitantes e demais funcionários do hospital.
A área do hospital responsável por prevenir e combater as infecções hospitalares é a CCIH: “grupo de profissionais da área de saúde, de nível superior, formalmente designado para planejar, elaborar, implementar, manter e avaliar o Programa de Controle de Infecção Hospitalar, adequado às características e necessidades da Unidade Hospitalar, constituída de membros consultores e executores.”
Esta área promove ações de combate, prevenção e conscientização em relação a medidas preventivas, como:
- higiene das mãos;
- limpeza do local;
- uso correto dos equipamentos de proteção individual (EPIs)
- limpeza, desinfecção e esterilização de materiais.
CME como protagonista no controle da infecção hospitalar
De acordo com o art. 21 da RDC 15 – ANVISA “A limpeza, preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição de produtos para saúde devem ser realizados pelo CME do serviço de saúde e suas unidades satélites ou por empresa processadora.”
Esse processo tem como objetivo eliminar a existência de agentes infecciosos dos materiais e deixá-los completamente estéreis e prontos para reúso. Portanto, a CME tem uma ligação direta com o índice de infecções relacionadas à assistência à saúde.
Veja abaixo algumas boas práticas previstas na legislação para garantir o bom funcionamento da CME.
Procedimento Operacional Padrão (POP)
A RDC 15 em seu artigo 24 diz que cada etapa do processamento do instrumental cirúrgico e dos produtos para saúde deve seguir Procedimento Operacional Padrão – POP elaborado com base em referencial científico atualizado e normatização pertinente e o POP deve ser amplamente divulgado e estar disponível para consulta.
Gestão na CME
A CME é um sistema complexo e cada elemento desse sistema precisa funcionar perfeitamente.
Os hospitais reduzem os números de infecções hospitalares quando as CMEs fazem a boa gestão de colaboradores, fazem um ótimo controle de qualidade, têm melhores insumos, aplicam melhores metodologias e processos, fazem a manutenção e calibração dos equipamentos e utilizam a tecnologia a serviço da CME.
Controle de qualidade na CME
O Controle de Qualidade na CME contribui para redução das infecções hospitalares e ajuda o hospital a atender às normas regulatórias. Portanto, um programa de qualidade que envolva desde a capacitação dos funcionários até os testes e validação dos processos, é essencial e ajuda o hospital a cumprir requisitos para as Acreditações Hospitalares.
Rastreabilidade
A rastreabilidade de materiais além de proporcionar um ganho de eficiência na CME, reduz os riscos de erro humano e gera maior transparência na investigação de ocorrências sensíveis à esterilização. Quando uma CME tem um sistema de rastreabilidade como o CMEXX, o sistema armazena todo o histórico do material, desde a sua utilização até todos os processos de reprocessamento que ele passou.
Como a Bioxxi contribui para redução de infecções hospitalares?
A Bioxxi possui 40 anos de experiência e atua na Gestão de CMEs desde 2005. Ao longo desses anos, a Bioxxi desenvolveu uma metodologia exclusiva que aumenta a eficiência, diminui riscos, elimina desperdícios e alinha a CME às normas vigentes.
Ao fazer a gestão da CME, a Bioxxi consegue aumentar a eficiência da CME e reduzir os custos. Com a Bioxxi, a CME consegue apoio nos processos de Acreditação Hospitalar.
Quem sai ganhando são os hospitais, CMEs e pacientes.
Veja alguns benefícios para o hospital
- redução significativa dos custos da CME;
- redução no tempo de setup cirúrgico;
- aumento da rotatividade de materiais;
- aumento da capacidade de atendimento das salas de cirurgia;
- redução do ciclo de internação dos pacientes;
- menor custo com antibióticos e medicamentos;
- elimina o desvio de materiais;
- diminuição do nível de infecções hospitalares;
- qualificação para Acreditações hospitalares;
- proporciona ao hospital a possibilidade de direcionar os esforços em sua atividade fim, que é o atendimento dos pacientes.
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